quinta-feira, 26 de junho de 2008

"Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver
É como chão do mar
Liga o rádio à pilha, a TV
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora...

Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros prá poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha...

Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!

Faço as pazes lembrando
Passo as tardes tentando
Lhe telefonar

Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora....

E eu vou guiando
Eu te espero, vem...
Siga onde vão meus pés
Porque eu te sigo também.
eu te amo!
E eu peço Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também!"


Quantos etcéteras terá caetano que cantar em meu lugar
Antes que venhas despir-me a linguagem fluvial…
Quantos cantos de tantos valentes guerreiros
Terei de recusar aos meus braços
Até que venhas de pés descalços me oferecer um copo d’água?
Por Quantas flores terei de passar fingida em despétala sem colher
Sem colar
Até que venhas exalar damas da noite aos póros dos meus ouvidos?

(interminado indefinido)

(“meu canto não tem nada a ver com a lua”)

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